I Changed My Mind | Minimalist Wardrobe



Não querendo radicalizar a coisa, mas quanto mais peso fui deixando para trás, mais senti necessidade de desapegar dos bens materiais que tinha e ainda tenho em menor proporção em casa. A mudança de ideias e o bem-estar pessoal consequentemente vieram como resposta à este desapego, que é objeto da partilha de hoje .


Começar uma jornada, seja ela qual for, traçar um caminho e ir mais longe do que imaginava tem sido algo que tenho aproveitado bastante. Mesmo sem querer, tive que ir abrindo espaço no guarda-roupa e na vida para novas ideias, novos hábitos e novas peças de roupa. A velocidade com que isso aconteceu foi mais rápida do que a imagem que eu tinha de mim mesma e adaptar-me não foi fácil, desapegar não é fácil, principalmente quando percebi que, comprava para compensar um vazio interior que existia e que ainda bem, deixou de existir. 

É interessante perceber que quando me conheci melhor deixei de ter essa necessidade e tudo o que estava a mais no meu guarda-roupa, por exemplo, deixou também de ter valor, ou seja, era hora de "largar a bagagem".

Ainda tenho muita roupa do inverno passado, que decidi ir usando até que o frio vá embora de vez. Mas, já não me reconheço naquelas escolhas de corte, tecido, estilo, por isso sinto que muita coisa mudou no meu olhar sobre mim e como quero que a minha personalidade seja refletida através daquilo que visto. Sim! Isso diz muito sobre você e sobre mim. 

Ao pensar nisso, decidi reconhecer 5 coisas importantes a lembrar quando estou, ou você estiver, a procura de novas peças de roupa:

1/  Não compre nos saldos ( sem lista )

Os saldos são perigosos para quem quer manter o seu guarda-roupa livre de excessos e dentro dos parâmetros que você estabeleceu para si. O perigo está na ideia de que aquilo que está exposto é acessível ao bolso e somos levados a pensar que precisamos daquela peça, quando não precisamos de todo. Não me leve a mal, eu adoro ir aos saldos, mas antes disso analise bem o seu guarda-roupa e veja o que é imprescindível, tome nota e depois esteja mentalmente focada no objetivo quando entrar na loja.

2/ Se isso não te fizer sentir maravilhosa não compre

Se você estiver no provador e ao vestir-se não tiver aquele "click" - É mesmo isso que eu estava a procura! Não compre!
Na passada sexta-feira fui à procura de um vestido e experimentei vários, numa das vezes pedi ajuda à vendedora e esta ajudou-me a fechar o zíper nas costas. O vestido era bonito, mas não me ficava bem, tinha um decote em V feito para mulheres com copa A e o decote abria ao ponto de se ver o forro, instantaneamente a vendedora sacou do seu discurso ensaiado - Ahhh! isso é só uma questão de ferro! - Eu não discuti e percebi logo que aquilo não era para mim, olhei mais umas 3x para o espelho, enquanto ela por fim concluiu sozinha que não adiantava argumentar, eu não levaria aquele vestido.
Ou seja, se precisar de tirar aqui ou ali, excepto se for calça e a perna for comprida demais, há peças de roupa que não compensam o esforço. Por isso, tenham em atenção diversos fatores e lembrem-se de uma coisa - Se você não sabe o que quer, é levado para onde os outros querem que vá! 

3/ Verifique sempre a etiqueta de composição

Preço nem sempre é um indicador de qualidade, seja para o mais caro ou para o mais económico. Momentaneamente, ignore o preço e analise o tecido, toque e perceba se é confortável, macio, elástico. Peças de qualidade são normalmente mais caras, quando pensamos em lã, cashemere, seda, mas peças caras nem sempre indicam melhor qualidade. Aprenda a "sentir" e apreciar os tecidos de melhor qualidade, assim a sua busca será mais fácil e todas as vezes terá por hábito fazê-lo pagando então por boa qualidade não por marca.

4/ Ignore o tamanho na etiqueta

Nesta nova fase tem sido difícil identificar, à priori, qual é exatamente o meu tamanho de roupa. Logo, levo para dentro do provador vários números e cortes diferentes para perceber o que atualmente fica melhor. A ideia aqui não é sentir-me mal com o meu corpo, ou pensar que estou a falhar no meu objetivo se tiver que vestir um número acima ou abaixo. Se isso acontecer, mais vale não comprar nada e deixar as compras para outro dia. Duas lojas não tem os mesmos tamanhos para as mesmas peças, por isso, não foque demasiado nisso. Porém, se este fator te incomodar muito, corte a etiqueta e arrume o assunto. O que importa é como você se sente com esta peça e não uma etiqueta padronizada para um determinado tamanho.

5/ Identifique o que faz você sentir-se bem

Você não precisa das "tendências" para dizer o que você "deve" ou "não deve" vestir. Aprenda a reconhecer qual tipo de corte e formas fazem com que fique maravilhosa, e não se esqueça de ficar atenta àqueles estilos. Desenvolver um estilo pessoal que te identifique é a chave para se sentir confiante e poderosa através das suas escolhas. Ignore conselhos de moda que dizem para não exagerar e escolha o que te faz feliz também.

Atualmente para recompor o meu guarda-roupa estas são as "regras mentais" que me tenho imposto para fazer boas escolhas, sem sacrificar demasiado a carteira. Além do mais, peças com demasiada informação, causam-me confusão mental, por isso a ideia minimalista caiu-me como uma luva e até me tem ajudado a gastar menos porque a quantidade perdeu lugar para qualidade. 


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